Começo do fim do atual modelo de partidos políticos, no Brasil.
Partidos políticos e seus dirigentes ainda não perceberam o sutil movimento, e bem-intencionado, até, que paralelamente à eles vem caminhando e ampliando avassaladoramente sua zona de influência. Esse sutil movimento a qual me refiro, são os novos movimentos populares, que se mobilizam e se organizam utilizando-se da tecnologia, e o mais importante, apoiando-se na indignação da população e na falta dos partidos políticos.
Boa parte dos partidos que protagonizam a política brasileira, têm ainda funcionado prioritariamente como panelinhas de apadrinhados políticos, onde quem avança e obtêm projeção não são ativos e políticos natos, que estão discutindo e promovendo mudanças políticas em seu meio, mas, apadrinhados de políticos consolidados, endinheirados e verdadeiras raposas, carimbadas no meio político.
A cultura dos partidos políticos brasileiros tem feito com que esse fenômeno dos movimentos sociais assuma o papel dos partidos, ganhe força e notoriedade a ponto de parlamentares se organizem não de acordo com as diretrizes e orientações do partido, mas, de acordo com quem foi responsável pela projeção que lhe proporcionou um mandato. Quem nunca ouviu falar na frente parlamentar Brasil200, uma frente atual governista, ou a bancada RenovaBR? Onde entram aí os partidos políticos?
Deveria ser papel do partido político preocupar-se com a formação de seus candidatos e parlamentares, os partidos políticos deveriam assumir o protagonismo político saudável no país, e atrair à suas fileiras jovens políticos e lhes respaldar politicamente para que uma futura disputa pelo sufrágio fosse possível, renovando as ideias políticas em transito no país, e no parlamento.
Assistiremos atentamente a esse movimento, dando aqui os nossos humildes pitacos sobre esse fenômeno que ao que nos parece só tende a crescer. Prevemos inclusive em um futuro próximo tensões entre esses movimentos e os partidos políticos (disputando parlamentares? Talvez.), um verdadeiro choque nos partidos. Esses movimentos pedem passagem, têm adesão popular, diferentemente da maioria dos partidos. Continua nos próximos capítulos.
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