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Solstício de Verão.

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Calores nos arredores da cabeça, para mim traduziu-se em palavras, porque farpas entraram  agora a pouco em meus ouvidos. Senti na garganta a dor do revide, porém no perigo calibre trinta e oito que sairia da minha boca, provavelmente adentraria o coração alheio, e dilaceraria os calores que , voltariam como brasa para a outra garanta. O calor das palavras me deixava aflito, pensando eu estava, em busca de um revide, mas o assovio do misto desejo sombrio me fazia mais eficaz, mais analítico, mais psíquico, estrategista e definitivamente orquestrado pelo ritmo perfeito do Solstício de verão. Sol que não se mexe... Minhas palavras quentes enclausuradas estavam em minha garganta, que agora se transformava em sol. Era possível ver o brilho incandescente que iluminava ardente toda a intenção falar. Degustando minhas palavras de sol, era sal que eu sentia, o bradar delas em meu interior era sentido por todos, minha boca ameaçou abrir. Seria a mais bela visão, indiscutivelmente,