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Mostrando postagens de abril, 2014

Quarta-Feira campinense

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                           Em um dia nublado, no centro da cidade, a chuva parece fumaça, refresca, com um tempo, molha, e o movimento rotineiro daquele centro, passa brando, melancólico e preguiçoso. Ali, do lado direito da praça, dois mendigos brigam, e se esbofeteiam, um conforme apanha do outro. Na medida em que rolam no chão, os pombos abrem caminho, e voam assustados com o alvoroço da briga. Alguns passam, olham sem interesse, até que uma nuvem se abre, deixando entrar um pouco de luz, insuficiente para abafar o clima de cidade serrana. Nas ruelas do centro da cidade, as pessoas se espremem, nas calçadas, por debaixo das marquises, para não tomar chuva, a chuva fina como fumaça, assusta, é possível aspirar o vapor feito sauna, mas a temperatura, é mais baixa, fazendo assim, essa cidade ter clima agradável, incomparável... Há quem reclame dessa "chuva", mas as serras que protegem a cidade, com o cuidado de uma mãe, ficam encobertas de neblina, presenteando

Páscoa paradisíaca em terras brasileiras

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Ouvi um dia, em 1997, que nomeado foi o Monte Pascoal por Pedro Alvares Cabral. Ao chegar em terras estranhas, carimbou a gênese de minha saga, viabilizando o início de minha árvore genealógica, me fazendo exercer uma espécie de paleontologia sobre os resquícios dos fósseis de meu DNA, espalhados nas pessoas, pelo Brasil. Era páscoa, e naquela manhã de sol, do leme da caravela, contemplava Pedro, deu azar, Pedro, quando apoiou uma de suas mãos num mastro qualquer, improvisado, onde passava uma corda. O Primeiro Puta que Pariu em terras brasileiras foi ouvido, quando um jovem marujo puxou com tamanha força essa corda, que raspou uma de suas mãos (não recordo qual), levando uma leve tira de couro e pelos, chegando aos vasos sanguíneos, sangrando... Contemplar não mais foi a melhor coisa naquela linda manhã. Pedro deu um sopapo, e a santa que estava em uma de suas mãos, (Não recordo qual) caiu na água salgada do mar daquela terra estranha, e afundou no infinito azul, debaixo à bai