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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Retroativo texto de creme, escrito com uma caneta roubada em uma velha folha de lixo.

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Sexta-feira, vinte e oito de novembro de dois mil e quatorze, uma e trinta e quatro da madrugada, um silêncio adornado de melancolia e assombração invade a casa, e não há motivo para assombrar-se. Há dois dias eu sinto uma vontade imensa de escrever, há dois dias tenho sido omisso com minha vida literária. Faltava algo. Um instrumento que eu não tinha dependência alguma, dele, para produzir meus textos, mas que de repente, se tornou indispensável. Se ao menos o motivo da carência de textos, nos últimos meses, fosse minha pífia criatividade, eu estaria tranquilo. Recorreria ao método que estou usando agora para produzir este. Estou sem minha moderna máquina de escrever há meses, por um simples motivo: a época das vacas magras chegou com força, não foi por querer, e nem há possibilidade de ser, e mesmo assim há quem diga que eu usei a mim mesmo como boi de piranha. Isso não importa! Ontem de manhã, tive a oportunidade de adquirir o instrumento que faltava para produzir texto

Dedicatória

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Dormiu ao meu lado. Por um minuto em pensamento, o "fagocitei". Veio direto em minha mente, e fez minha cabeça naquela noite de denso sono. Na segunda folha, passei o dedo indicador de minha mão direita por todas as letras, ali, foi depositado todo o carinho, de um momento ímpar que tive, sentado sobre um velho e empoeirado banco de concreto, de um ponto de ônibus. É tinta! É tinta... E de fato será, até que um dia se apague. É tinta, é tinta e carinho, que será eterna, porque não sumirá antes que eu volte ao pó, para compor quimicamente o solo, em um buraco qualquer. Essas letras em tinta, se encontram do lado esquerdo inferior da segunda folha. Somado os números que estão nos dizeres, resultam em vinte e oito que conta minha próxima idade. São vinte oito anos que não merecem esse carinho estampado, que me invadiu por toda uma madrugada, que não saiu de minha cabeça por todo o dia de hoje. Não que as palavras estejam comigo, mas é que, o cheiro de teus