Ceilândia meu incômodo




Meu incômodo como cidadão e morador de Ceilândia gira em um eixo essencial para que qualquer cidadão se sinta parte da cidade em que mora.
Temos um grave problema físico, que é a precária e depredada infraestrutura das principais avenidas com seus asfaltos irregulares, os espaços públicos de convivência, as entre quadras, quadras poliesportivas, assim como o próprio centro da cidade, que por anos não teve o estímulo de acompanhar o avanço do comércio e cultura do DF, ocasionando o sucateamento e atraso de nossa cidade. Esse descaso fomentou a fuga identitária do cidadão ceilandense, que por anos, aqueles que poderiam contribuir para a evolução da cidade, não se viram como parte, e fugiram para Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, sem contar os que foram ainda para mais longe, filhos do DF, que hoje habitam o entorno, fruto da especulação imobiliária e falta de emprego.

O descaso e sucateamento dos diversos espaços de convivência ceilandense, refletem no abandono do comercio local, que beneficia principalmente o comercio das RA´s vizinhas, no esvaziamento das escolas publicas em detrimento de outras de melhor estrutura (CEMEIT, CEMTN, CEMAB, GG, ELEFANTE BRANCO), no abandono de quadras poliesportivas e praças motivados pela falta de segurança e conservação. Não há um espaço cultural em que a cidade possa articular sua cultura em um mesmo espaço, a fim de integrar os agentes culturais da cidade em um local de boa estrutura, que permita praticar poesia, música, teatro, cinema, galerias, e  fazer renascer os espaços de convivência comum, e reativar a vida cultural da cidade.

Olho para a Ceilândia e vejo que ela não está para o jovem, assim como não está para para qualquer um outro. O jovem que permanece exclusivamente em Ceilândia está ocioso, quando não em casa, alienado pela web e jogos em rede, está andando em círculos pela cidade, e o que isso propicia? Me respondam! estou certo que chegaremos a conclusões próximas, se não as mesmas. Corroídos pelos descasos dos governantes, pela falta de cultura e educação, sabotados pela carência de incentivos a diversas questões pertinentes à cidadania, outras vias, que são a maioria, seduzem, os levam a vias insalubres socialmente falando.

Reestruturar e redefinir a Ceilândia é preciso. Promover um verdadeiro renascimento da cidade é necessário. O Distrito Federal precisa de reordenação e redirecionamento em todas suas estruturas, para que funcione articuladamente, e com excelência.

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