Uma nova conjuntura política para o Brasil: duvidosa, perigosa, e duradoura.
Parte 1.
Quando o "gigante" acordou, em 2013, ele saiu evacuando pelo Brasil toda vertente de grosseria política, de autoritarismo, e despertou confusão jamais vista em nosso país.
O gigante foi acordado por uma alfinetada na bunda, por aquele que estava há muito tempo sem sua fatia do bolo. Levantou em um pulo, ainda sonolento, e na flatulência da manhã, apoiando-se na força do hábito, soltou com vontade o que estava há muito tempo fermentando dentro de si, e jorrou por todo território brasileiro sementes em estado de putrefação, que mal germinaram já foram abrindo suas bocas furiosamente, expressando criminosos devaneios políticos, reafirmando a arbitrariedade histórica dos nossos governantes com a educação, com a comunicação, com os mais pobres; transformando-se na expressão do que é mais grosseiro, antiquado, e perigoso, dentro da política.
O gigante estava enterrado, e quando ele emergiu das profundezas, subiram com ele seres sombrios que com o seu mantara, hipnotizaram carentes de senso crítico, de política, hipnotizaram carentes das mais variadas leituras de mundo, de cultura e de conteúdo.
Parte 2.
Obeso, forte, tetudo, lento, de valores ultrapassados, fadado ao passado, parado no tempo, travado; hermafroditamente, suas tetas jorram leite. Leite forte feito leite de jumenta. Leite denso, maduro, valioso, disputado; fonte de vida e de morte.
Várias bocas, simultaneamente sugam o colostro. As tetas estão feridas, gastas, massacradas; deploráveis tetas, deploráveis tetas...
Todos dizem com esperança que o gigante acordou. Suspeito que não. O gigante é sonâmbulo. Porque enquanto anda, fala coisas sem sentido.
Mas, esse movimento trouxe das profundezas um chorume político modificado nos laboratórios legais e profundos dos titãs republicanos do estado democrático de direito (o parlamento e suas ramificações, o executivo e suas ramificações, as famílias tradicionais da política brasileira e seu novos representantes hereditariamente forjados para um eterno projeto “monárquico” nos estados, o judiciário político, e o autoritarismo policial personificado na autoridade militar nos becos das periferias. Superficialmente vou me ater a esses, para não produzir em minha fala um certo ceticismo político).
O gigante. O sabotado gigante. Adorado e idolatrado. O salvem! O salvem!
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