Sob/Sobre os monstros.



Ele me diz para esperar
Eu aceito, mas desconfio
Melhor seria não esperar
Se sentindo assim, é um passo para desabar

Desconfortável não confiei
Mas eu fiquei. Mesmo desconfiado
Fiquei distraído, abandonado, disperso, fadado

Fadado ao fracasso, fiquei
Fiquei fora da tutela salvadora
Fiquei fora por desconfiar
Ele me disse para esperar sob a esperança sofredora

Cinco minutos apenas, e eu não esperei
Apenas cinco minutos para pisar no paraíso

Agora:

Estou afogado, alado com elos e amarrações que eu desconheço. Agora predestinado a quê? tapado, munido de toneladas e sem a resistência do ar, esclerosado, saturado pela ansiedade que me invade feito a metilenodioxometanfetamina que parece que estar em minhas células, e eu quero execrá-la do meu interior. 
A desconfiança gerou um monstro dentro de mim, e eu não quero viver dopado pelos meus monstros.

Ouso em dizer que compus meu próprio salmo e ele não é maior que meu próprio palmo. O Alvo eu ainda não sei. As vezes os monstros ficam em silêncio. Então, solenemente penso.









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