A juventude brasileira tem todos os direitos que você possa imaginar!



Há anos, grupos organizados tem discutido o problema das grandes cidades brasileiras. Grupos de partidos e movimentos sociais, partidários da esquerda, de centro e de direita, cada um procurando entender e resolver a problemática das cidades brasileiras. É certo que em alguns livros didáticos de boa reputação, conseguimos entender e detectar alguns problemas estruturais das grandes cidades e claramente, conseguimos ver alguns desses problemas estruturais surgirem nas pequenas cidades, em nosso dia a dia, sem precisarmos diretamente de um especialista em cidades ou de um geógrafo.
O objetivo aqui, não é apenas fazer em uma reflexão sobre as cidades, mas, pensar de que forma esses problemas interferem na formação cidadã do jovem. A cidade é o nosso lugar, é onde fomos condicionados a viver, então, nada mais justo que entendermos a dinâmica do lugar em que vivemos e criarmos situações para melhorar e resgatá-las. É justo que façamos uma defesa programática de nossas cidades e assim, prepararmos a estrutura para que ela receba as grandiosas políticas de mobilidade urbana, de acessibilidade, de educação, saúde, saneamento, e cultura.  Dessa forma, estaremos contribuindo para o sucesso das políticas públicas, hoje, implantadas em sua maioria, precipitadamente, sem o mínimo de zelo pela coisa pública; porque desperdiçam dinheiro público, sem zelo pelos jovens; que ficam com grandiosas estruturas abandonadas ou sem o uso adequado, enquanto ficam perambulando pelas ruas.
Porque a maioria das Políticas públicas de Juventude não atinge seu objetivo? O que falta para os bairros mais longínquos das grandes cidades receberem bons projetos para a juventude? Falta planejamento sincronizando, de educação cultura lazer e trabalho, que faça com que o Jovem se deixe levar pelas boas intenções do governo do estado ou municipal.
Como se encontra a esperança e a expectativa dos jovens brasileiros? Sabemos que há esperança em um jovem que mora na beira de um canal de esgoto, que cheira mal o tempo todo. Sabemos que há esperança para aqueles que moram nos cortiços das periferias brasileiras, de calor abrasante. Sabemos que há esperança para o jovem desempregado, ou cumprindo medida socioeducativas. Sabemos? A política transpõe barreiras e atinge o mais profundo dos nossos sentimentos, porque o nosso “habitat”, a cidade, é movida por ela, nossas vidas são regidas pela política, e não há como fugir dos desastrosos ou benéficos efeitos que ela nos proporciona.
Como viver minimamente feliz e receber os benefícios das modernas políticas públicas de juventude, se moram em uma cidade que falta saneamento básico, professores nas escolas, e segurança? Como assimilar positivamente as famosas e tão faladas leis de igualdade de gênero, ou como assimilar e fazer a defesa dos direitos LGBT, ou como não ir contra a redução da maioridade penal, se temos um ECA abandonado e desmoralizado pelas nossas autoridades?

A juventude brasileira tem todos os direitos que um ser humano possa imaginar. Mas boa parte de nossas cidades não tem estrutura mínima, para que possamos ter bases para capacitar, sobretudo, psicologicamente, nossas crianças. Ano após ano, a pátria educadora fabrica crianças e jovens frágeis psicologicamente, crianças e jovens carentes e confusos. E ainda temos a Constituição cidadã, uma das mais avançadas do mundo moderno. Você enxerga alguma vantagem, nisso? 

Comentários

  1. Do que adianta uma Constituição idealizada pensando sobre todos os públicos, se ela mesma não consegue atingi-los? Realmente, é desvantageoso ver que uma Lei não funciona, e que a maioria dos prejudicados são os jovens, que em sua maioria não são alcançados pela educação, logo não se inserem no mercado de trabalho, e outra, garante a invisibilidade dele, assim é quase impossível, sem as políticas públicas adequadas e focalizadas, esses jovens alcançarem seus sonhos e objetivos de vida. Portanto, concordo com suas palavras e acredito que todos nós precisamos refletir sobre isso, o que o Estado tem garantido, de mínimo, a esse público? Como é o futuro de um país sem educacao? Sem acesso aos espaços e sem a garantia de direitos? Focalizar no problema é gerar igualdade e promoção de direitos a um certo público, pois só é alçado se enxergado o déficit e a necessidade de algo a ser feito, de ser implementado. Boa reflexão.

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  2. Do que adianta uma Constituição idealizada pensando sobre todos os públicos, se ela mesma não consegue atingi-los? Realmente, é desvantageoso ver que uma Lei não funciona, e que a maioria dos prejudicados são os jovens, que em sua maioria não são alcançados pela educação, logo não se inserem no mercado de trabalho, e outra, garante a invisibilidade dele, assim é quase impossível, sem as políticas públicas adequadas e focalizadas, esses jovens alcançarem seus sonhos e objetivos de vida. Portanto, concordo com suas palavras e acredito que todos nós precisamos refletir sobre isso, o que o Estado tem garantido, de mínimo, a esse público? Como é o futuro de um país sem educacao? Sem acesso aos espaços e sem a garantia de direitos? Focalizar no problema é gerar igualdade e promoção de direitos a um certo público, pois só é alçado se enxergado o déficit e a necessidade de algo a ser feito, de ser implementado. Boa reflexão.

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