Quarta-Feira campinense

                          



Em um dia nublado, no centro da cidade, a chuva parece fumaça, refresca, com um tempo, molha, e o movimento rotineiro daquele centro, passa brando, melancólico e preguiçoso. Ali, do lado direito da praça, dois mendigos brigam, e se esbofeteiam, um conforme apanha do outro. Na medida em que rolam no chão, os pombos abrem caminho, e voam assustados com o alvoroço da briga. Alguns passam, olham sem interesse, até que uma nuvem se abre, deixando entrar um pouco de luz, insuficiente para abafar o clima de cidade serrana.

Nas ruelas do centro da cidade, as pessoas se espremem, nas calçadas, por debaixo das marquises, para não tomar chuva, a chuva fina como fumaça, assusta, é possível aspirar o vapor feito sauna, mas a temperatura, é mais baixa, fazendo assim, essa cidade ter clima agradável, incomparável... Há quem reclame dessa "chuva", mas as serras que protegem a cidade, com o cuidado de uma mãe, ficam encobertas de neblina, presenteando os moradores daqui, com um visual sem igual. 

O centro é barulhento, apertado, as ruas se cruzam em intersecções imperfeitas, olhando de cima, parecem teias, as pessoas , lembram formigas, os prédios lembram pequenas caixas, e a chuva, recordo de quando era criança; eu a fiz com recipiente que reproduz spray, que graça, a água daqui cheira à rosas! Foi pelo desodorante que tinha no recipiente... As ladeiras se banham com água do céu, as plantas, dão o ar da graça, e o asfalto, é negro como jabuticaba, essa cidade é doce...

Em uma proporção minúscula, o centro dessa cidade, tem movimento de metrópole, são vários carros, um fluxo enorme de pessoas, vários prédios, suficiente altos para arranhar o céu, quando as nuvens vem nos visitar aqui em baixo, em um dia de chuva-vapor, nublado como o de hoje, antes da primavera dos trabalhadores, hoje, 30 de Abril de 2014.



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