Doce Chuva


Ontem, eu tive um dia quente. No mês do dia sete, três dias antes escrevo, e me atrevo a dizer que possuo o trevo, aquele trevo da sorte, trevo de quatro, no dia quatro, faltando três para o dia sete, me empolgo, imagino as nuvens ou melhor, agora eu sou as nuvens, as nuvens dos meus pensamentos. No dia quatro do mês de setembro que vivo, eu reavivo o eu que sou, o eu dos meus pensamentos. Sou todo nuvens, sou todo céu! O céu que condensa, densamente se faz chuva, condensado estou, mas a minha chuva não vem do alto, eu acordei da minha imaginação e vi que sou nuvem de chão, nuvem que pisa e que ao chover, provoca lama, lama de pensamentos... Não quero chover, então, serei a nuvem que não pisa, posarei nas alturas como pensamento, como pensamento que viaja, que pode se fazer verdade, mas nunca será tocado. Lá vem, lá vem, posso ver minha chegada com o vento frio, tá frio! Me juntei a outras nuvens, vou chover, vou chover hoje a noite, chuva doce, fria chuva da noite, silenciosa, preguiçosa, melódica, chuva breve, para que alguém possa repousar em meus pensamentos condensados.

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