No SUS-Literário



Aperto os olhos, me espreguiço, o telefone toca, e não vejo assunto para por nesse texto. Algumas coisas aconteceram, mas, se eu for pôr em papel, tudo se tornará mais chato do que o acontecido. #Pensoqueseeuescrevessetudojuntocomoaspessoasescrevemnasredessociaisvirgulafariaomeutextomaisatrativopontofinal Mas, tornaria a leitura bem complicada, eu já fiz um texto assim. A verdade é que; a tendência estético-literária para os dias de hoje, confesso: Eu não sei. Não sei o que se passa nesse mundo quando me debruço e que perco horas escrevendo, mas é verdade que, o que acontece em minha cabeça, em frente à moderna máquina de escrever... Eu também não sei, não sei o que acontece aqui dentro, em minha cabeça. Deve ser o embaralhamento das imagens sobrepostas passando em minha frente a uma velocidade absurda, e assim, eu não consigo definir coisa alguma. O que vejo no mundo?


Uma das condições para que saia algo, é manter fresca na mente as lembranças, ter domínio sobre a explicação dos fatos passados, e ter sentido o cheiro suave da inspiração. Espere! Sinto que estou fugindo de mim, parece que a inspiração (ou lucidez?) está aqui do meu lado, já sinto seus efeitos, não quero entregar-me, está tudo mais intenso! Eu vejo tudo de outras cores, está tudo mais claro agora! Sem inspiração (ou lucidez?), nada cola na crônica ou poesia, não conheço algo nesse campo que tenha sido feito apenas no campo da racionalidade. Texto seco, meu espírito, saturação de quereres, não resisto, não resisto ao cínico forjar literário, eu insisto em ser um poeta, tentando fazer da minha vida um cine em papel virtual, um roteiro de mim.


Nesse drástico momento, recorro aos meus sentimentos tentando fazer uma cirurgia em mim, tentando criar ou consertar-me. Mas, vejo um livro ali, deitado em uma maca, estão bombardeando suas linhas com soro de ideias, nada mais justo. E eu o que seria? Se quero consertar-me, seria eu o médico? Parece-me que há livros mais importantes e sábios do que eu, mas foi um “igual” a mim que o fez, mas ainda assim eu o reverencio, e aperto junto ao meu peito uma obra que gosto, fazendo dele a minha vida!

“Venha comigo! Venha comigo!” Dizia a linha que li ontem, tentei transportar-me, inutilmente. Eu era minha própria linha, meu próprio sonho, e os livros e as letras, nada mais nada menos que um breve momento suspenso no espaço, no infinito de nossas cabeças, os livros e as linhas, foram um dia, um momento vago no vácuo, que ninguém sabe onde se esconde. Um vácuo, no vácuo, um eterno momento.

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