Dia dos Namorados.


Ontem, vi a doçura de um casal ao pegarem o bus, no centro de Taguatinga.
Era bem normal eles juntos, Sorrisos, de mãos dadas estavam. De bobeira na manhã de terça-feira, iriam passear. Tudo era tranquilidade até que o ônibus se aproximou, e o Rapaz saiu puxando a moça, arrastada que nem um Judas ela se esforçava para acompanhar na mesma velocidade, o namorado, ao chegar na porta, o rapaz fez questão de usar a moça como escudo para desbravar caminho, para que os dois entrassem no ônibus o mais rápido possível.

Apenas um lugar vazio no corredor, o homem se senta, a mulher fica de pé! Confortável o rapaz, aliviado... Sua namorada lhe faz um cafuné, enquanto recebe os sarros dos homens que passam no corredor. Visivelmente incomodada, prefere o bem estar do namorado! Lindo, isso. Lindo! O rapaz, satisfeito, olha como criança para a paisagem que passa rapidamente, do lado de fora, sorrindo, ele aponta para algo, e diz: olha, amor! Olha!
Nesse momento, outro sarro acontece, enquanto a moça também sorri, aos solavancos que o ônibus lhes proporciona.
É rotina, é fácil perceber quando casamentos acabam bem antes do seu início. Mas o sentimento, ou a terrível baixa estima, e outros abusos psicológicos, aprisionam pessoas em uma brochante redoma.

No pré-dia dos ditos namorados, há também outra rotina: os namoricos escondidos nos motéis, as saídas informais que insistem em ter mais evidência que os namoros tradicionais, preenchem e engraçam as vidas, apimentam os dias e lambuzam as fissuras feitas de carne. Booom... Muito bom, porém também tem um preço. Outra faceta desse dia, é também descompromissadamente, sem dolo, relembrar os "Chifres" dados e recebidos, sorrindo de cada um, enquanto tomamos um bom vinho. E assim seguimos fartos do amor momentâneo de todos os dias, ou de um permanente falido, ou de um permanente florido, por que não? a vida acontece, cada um amando como sabe, cada um amando como pode.

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