Solstício de Verão.



Calores nos arredores da cabeça, para mim traduziu-se em palavras, porque farpas entraram  agora a pouco em meus ouvidos. Senti na garganta a dor do revide, porém no perigo calibre trinta e oito que sairia da minha boca, provavelmente adentraria o coração alheio, e dilaceraria os calores que , voltariam como brasa para a outra garanta.
O calor das palavras me deixava aflito, pensando eu estava, em busca de um revide, mas o assovio do misto desejo sombrio me fazia mais eficaz, mais analítico, mais psíquico, estrategista e definitivamente orquestrado pelo ritmo perfeito do Solstício de verão.
Sol que não se mexe... Minhas palavras quentes enclausuradas estavam em minha garganta, que agora se transformava em sol. Era possível ver o brilho incandescente que iluminava ardente toda a intenção falar.
Degustando minhas palavras de sol, era sal que eu sentia, o bradar delas em meu interior era sentido por todos, minha boca ameaçou abrir. Seria a mais bela visão, indiscutivelmente, no periélio eu estava, porque eu era o próprio sol.
Efeito equinócio. Minhas palavras foram liberadas, e fizeram noite o interior dos que me ouviam. Pus em confusão à todos, porque a minha superioridade foi degustada em minha garganta, e palavras nenhuma foram ouvidas! Apenas confusão e escuridão houve, a minha luz foi diretamente proporcional à ignorância que a poucos minutos eu havia sentido.
Então, naquele momento sentido o sentido das coisas vieram, e mais sentido eu estava. Porque na  verdade; o sentido dos acontecimentos era contrário ao sentido que eu andava e contrário a tudo que viera contra mim naquele momento. Para entender um breve tempo de acontecimentos eu amarguei longos minutos, para que eu tivesse a perícia suficiente de saciar a malícia de perceber e entender as relações interpessoais. 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tecnologia e volatilidade. Um mundo aparentemente sem base, que nos obriga a descartar um dia que jamais existiu. E, pasmem. Isso dói.

A juventude brasileira tem todos os direitos que você possa imaginar!

O Crápula da ideologia de Quinta