Jogo no Estado.




Preta, senta. Senta e reflita. Reflita e flerte seu viver, pois, flertando, a gente vai marchando, e marchando é garantia de não estar parada.
Mas, Preta, a culpa é dele, não foi você. Foste condicionada, e é preciso isso para que aquele outro lado lindo e fresco exista.
Nega, não queria que fosse assim, mas, cate o lixo, coma se puder, se não puder também, saiba bem, que talvez não sobreviva.
Nega, tá sol, mas, sente aqui no chorume mesmo, e reflita. Respire esse ar. Tá, não é dos melhores, mas, é o que você tem, não seja rebelde!
Preta, senta. Sente pra refletir, reflita e flerte seu futuro, pois, flertando, a gente vai marchando, e marchando, você garante seu pão. Marche muito, sonhe bastante com um futuro melhor, mas, não saia desse lixão onde você nasceu, apenas aqui você terá toda a liberdade do mundo.
Aqui tua mobilidade é de um saco de lixo ao outro, e lá fora pode ser de classes sociais, o que não é tão interessante, pois, provavelmente você não consiga, mas, é irradiante aos egos, é brilhante aos cientistas sociais.
Estado. Toda a liberdade do Mundo, sem poder sair das regras saudáveis à quem as cria.

Nega, não jogue com o estado! Ou jogue?

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