Recanto


Naquele casebre, nos fundos da minha mente eu viveria. 
E tomaria o chá de todas as manhãs, feito de orvalho e mato seco. Refúgio meu, tão meu que parece que é dentro de mim.
Sairia a andar de pés descalços, sentindo o ar penetrar-me e executar a obra de fazer viver, e certamente, o deleite de ter tal refúgio me faria viver mais feliz. À tarde eu amaria, de tardinha, viveria amor. Assim eu seria, tão transparente que pareceria o meu querido casebre, Da porta da sala enxergaria o quintal.
Enxergaria com olhos d'água seria a água, seria o vento.
A Palmeira que eu tanto quero seria parte integrante da vida.
Se você, casebre, existisse, seria tão mágico. Viveria em teu interior explorando os seus breves espaços, como a melhor coisa a se fazer, na vida.
Meu casebre, observar-te-ei em mim até que os meus olhos d'água se desmanchem e me dê um banho de você.

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